Thursday, May 13, 2010

Bomba cirúrgica (de muito curto alcance, nem um bocejo interromperá ao alvo pretendido)

Arrepio-me quando as conversas são orientadas para o “gosto”, “não gosto”. Sei que é aí que as naturezas se encontram, só que... eu não quero encontros dessa natureza. Segrego-me, vá, valha-me um deus.

Por isto, não tenho defesa quando vier armado para além dos dentes do veneno que me mata.

Aqui vou:

Ocre: adoro a palavra, saboreio-a sempre que a reencontro, mastigo-a, articulo-a, silabo-a.
(Sempre recorremos ao “adorar”, pois "gostar" é medíocre, e "amar" está tão malgasto...)

Ocre.

Isto é um exercício para me aproximar e habituar a essoutra palavra que me chega por uma estranha afinidade. Defino-a: geronte ocioso em perpétuo e desgostante cio com uma “filia” invertida. Com esta grafia:

Ócrido.

(As minhas desculpas para quem isto é inacessível por tão distante, havemos de nos reencontrar some sunny day.)

Adenda, nove dias depois, por afinidade:

Ogre.

Ogrível.

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