Luto (fight?)
Ah, pois, dito e reescrito uma multidão de vezes... para termos alguns privilégios, prazeres, felicidades, enfim, acrescentem à lista, escrevia eu que para isso temos que suportar com dignidade a (palavra feia, solene, mas feia, não necessáriamente pelo eufemismo, ou pela intenção do eufemismo) fatalidade. Ade, ade, ade, ade. Há-de.
Com dignidade.
Com muito orgulho.
Morreste, oh, sim. É-me difícil esconder que te tenho aos saltos dentro do peito. Nisso estás muito viva; em mim e em muitas, muitas pessoas. Vais continuar aos saltos, para nosso contentamento.
Mas isso é uma intimidade que até devo confessar baixinho. Do que mais que me orgulho é de ter estado na tua vida durante quase catorze anos. Não sei em quanto contribuí para as tuas felicidades, e espero bem que não se faça agora a contabilidade das tristezas que foram culpa minha, o saldo é excessivamente bom; tanto que até escrevo estranhezas de difícil entendimento: este é um luto muito animador.
Não adianta querer-te de volta, o teu corpo não virá, mas o que deixaste plantado de carinho é impossível de sepultar.
Desejo de criança: agora que meteram a flor à terra, vai desabrochar como nunca...
Se o provedor do blog estiver distraído, e porque me falta alguma energia e concentração para rebuscar uma afirmação pomposamente culta/erudita, vai mesmo uma referência ao Vanilla Sky:
"I'll see you in another life, when we're both cats".
Xau-xau, Rosa.
1 Comments:
Uma homenagem a sério... Não tenho palavras, mas ainda assim não pude ficar calado. Abraços.
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