Saturday, September 20, 2008

Ano novo, Vila Nova.

Com a frequência com que se estaciona no exterior das rotundas nesta cidade

(já identifiquei algumas intenções: funcionam como ponto de encontro; como local de estacionamento para um "vou-ali-e-já-venho-são-só-dois-minutos-mas-depois-até-se-aproveitam-outros-dois-numa-conversa-aqui-e-mais-dois-noutra-conversa-acolá-e-já-agora-tomo-um-cafe-e-leio-por-alto-o-jornal-e-que-bom-que-esta-loja-afinal-está-aberta-vou-só-perguntar-quanto-custa-o-anel-vibrador"; para falar ao telefone móvel; e porque acredito eu que deva ser excitante estar estacionado numa rotunda, mais pessoas devem cultivar a adubar esse prazer.),

antes que os arrumadores fiquem com todo o lucro, seria bom que a própria câmara nelas plantasse uns parquímetros. Há sempre negócio que se gera com este comportamento que deixou de ser raro mais adiante do alcance da minha memória: um quiosque para pequenos arranjos, venda de peças e pequenas limpezas nos carros; uma confeitaria; um ponto de acesso à internet; um balcão de tratamento de unhas; uma mesa de massagens; uma sucursal do Ministério das Finanças; uma loja de apostas do Euromilhões; uma loja de artigos de campismo; uma farmácia.
Esta ideia das unhas é essencial. Em poucos anos passaram de acessório que nos assemelhava aos animais, a recipiente de todos os fetichismos.




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