Monday, April 16, 2007

Animal de (baixa auto-) estimação

Maltratar, muito, demasiado, intensamente, longamente,
Vexar,
Humilhar,
Desprezar,
Desrespeitar,
Desautorizar,
Repudiar, afastar, afastar, afastar, afastar, afastar, afastar.
Desamar.

Foda-se, finalmente chegado ao verdadeiro trapo humano, já me posso (tentar) pôr de pé?

E se mudássemos todos de vida?

Garanto que me ponho de pé, sarado ou não, a odiar ou não, mas ponho-me de pé, nunca tão altivo quanto o nariz que me inabilitou, mas minimamente erecto.

Cheguei a pensar: "E se fosses foder a vida a outro?", não sei se é justo. Mas penso muitas coisas, não têm de ser todas justas; e, se não as deixar escritas, nunca ninguém saberá, mesmo que acredite que por as pensar não seja necessariamente responsável por alguma indelicadeza.

Nunca houve melhor altura para nada (excepto para as colheitas, e mesmo isso parece que já só nos livros da história agrícola), esta circunstância só respeita a estatística das alturas. E o respeito é tão bom, ou a assim pensar me tentaram educar.

Eu sei que sou uma pessoa vil (decapitaram o ursinho de pelúcia), mas mais ninguém tem o direito de o saber, ou sequer suspeitar.

Ando com umas febres "à Dostoievski", não há medicinas para isto, é mesmo caso para fechar o livro. E dizer adeus. E viver atrapalhado com recordações que não servem para nada, muita merda que não serve para nada. Merda. Nada.

0 Comments:

Post a Comment

<< Home