Um voto de saúde para este cavalheiro
Moribundo, ou morrendo mais aceleradamente do que seria normal, Christopher Hitchens é apreciado e depreciado com igual entusiasmo por não ter papas na língua. Articulado com elegância, há momentos em que o adversário não percebe imediatamente que está a ser insultado (há relapsias muito pontuais em expressões bem vulgares, o que até é visto como fazendo parte do charme do senhor), além de outros proveitos, ouvi-lo ou lê-lo é um entretenimento.
A haver o que nos prometem os religiosos, este cavalheiro dará muitas dores de cabeça a quem o receber do outro lado.
É o que mais me anima na garantia de vida no além, encontrar todas as mentes fantásticas que daqui para lá migraram, estou a imaginar-me à conversa com o Fernando Pessoa, por exemplo, sem ser ficção numa perspectiva, mas só podendo ser ficção.
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