A Paula Moura Pinheiro é o mais perfeito padrão de Cleópatra.
Ainda bem (para meu deleite) que o deus preferiu há 2036 anos atrás dispor de uma mulher menos interessante para o enredo de então. Se me permites, deus, os meus parabéns pela tua acertada decisão. Fica na história uma Cleópatra imperfeita se comparada com a Paula, a História vai acumulando os teus erros de casting, mas - neste caso - não consigo reclamar.
A áspide não teria coragem de morder a Paula, eu sou bem mais venenoso e também não teria, mas o soro da verdade obriga-me a confessar que essa oportunidade (ou, antes, essa circunstância...) é um desejo que não cabe dentro de mim. Por não caber, arrumei-o aqui no blog.
A Vivian Leigh não fica nada mal no papel.
Não + nada + mal.
Acredito que estes medonhos modos de linguagem foram uma tentativa ruinosa de copiar a (putativa) graciosidade francesa; este mau gosto está tão incrustado na nossa fala e escrita que se torna impossível dele fugir, ou de me fazer entender por tentar expressar-me de outra forma.
Galinheiro de galicismos.
Dá-me pena, muita pena, tanta que já pressinto a água quente e o cheiro a canja.