Thursday, December 21, 2006

Optimismo



Há tantos modos de amar quantas as necessidades de se ser amado. Dizem que andam desencontrados. O inquietante não é a suspeita de que nunca até agora se tenham encontrado, nem a suspeita de nunca se poderem encontrar até ao fim do futuro; o inquietante é a suspeita de que não queremos acreditar nisso.
A esperança impede a civilização do homem.

Não serás pedra dura, mas eu sou água mole - Puzzled by a woooooowman...







O difícil não é ordenar a imagem, é ordenar-me...

Tuesday, December 19, 2006

A mais alta nota de sempre

E a sorrir devomos o mundo.


(Telepatia
Letra: Ana Zanatti; Música: Nuno Rogrigues )

Possivelmente a mais motejada canção portuguesa pelos bloggers.
Não por mim. Bem ao contrário, até apontei uma elevação notável.

Para quem anda tanto ou mais distraído do que eu (o que é censurável, muito), a Ana Zanatti é também escritora.
Como nada dela li, vou deixar a palavra solta e dela interpretem o que preferirem (eu farei o mesmo): bravo.

Friday, December 15, 2006

Desligado da actualidade - juro



Se me permitem uma vulgaridade: a presunção de inocência é muita presunção.
Quem conheça ambas as versões (1962 e 1997, se bem que mencionar as datas é um pouco tonto se me dirijo a quem conhece ambas as versões... a comunicação faz-se destas idiotices, redondas redundâncias, desperdícios de tempo e insultos à inteligência, e - horror dos horrendos horrores - a literatura está cheia disto) que me deixe aqui na caixinha a impressão da realizada pelo S. K., não tomo por garantido o proveito pela fama do senhor... sou um desconfiado.

Wednesday, December 13, 2006

Minha querida: se isto parece perseguição e te incomoda, eu páro já.


...

Good time to make you feel like the lucky one
You can smell good all day long

...

Unlike the tiger
One of the best i've ever seen
Majestic
Quite serene
He is a beautiful beast
That eats beautiful meat.

Setback - Fluke

Em duas versões excessivas: em Oto de 1995, e em Risotto de 1997; dois impressivos geradores de energia, duas sessões de hipnose, duas alegrias (uma melancólica e a outra electronicamente sombria), dois motivos para escrever desrazões.

São a banda sonora do meu filme com a Paula...

Reticências, omissões, interrupções, incertezas, dúvidas, segredos, os três pontos valem tudo.

Saturday, December 09, 2006

Gestão de sinistros

É a descoberta que mais me fez sentir como que abraçado à rolha depois de muito agitado o espumante.

Vou imediatamente entregar-me de braços abertos, serão os meus tutores, vou depositar-lhes a minha vida, serão os meus gestores.

Está tudo inventado.
Podemos descansar.

Casting e a revolução francesa

A Paula Moura Pinheiro é o mais perfeito padrão de Cleópatra.
Ainda bem (para meu deleite) que o deus preferiu há 2036 anos atrás dispor de uma mulher menos interessante para o enredo de então. Se me permites, deus, os meus parabéns pela tua acertada decisão. Fica na história uma Cleópatra imperfeita se comparada com a Paula, a História vai acumulando os teus erros de casting, mas - neste caso - não consigo reclamar.
A áspide não teria coragem de morder a Paula, eu sou bem mais venenoso e também não teria, mas o soro da verdade obriga-me a confessar que essa oportunidade (ou, antes, essa circunstância...) é um desejo que não cabe dentro de mim. Por não caber, arrumei-o aqui no blog.
A Vivian Leigh não fica nada mal no papel.
Não + nada + mal.
Acredito que estes medonhos modos de linguagem foram uma tentativa ruinosa de copiar a (putativa) graciosidade francesa; este mau gosto está tão incrustado na nossa fala e escrita que se torna impossível dele fugir, ou de me fazer entender por tentar expressar-me de outra forma.

Galinheiro de galicismos.

Dá-me pena, muita pena, tanta que já pressinto a água quente e o cheiro a canja.

Wednesday, December 06, 2006

As duas à distância de um beijo, qual delas?, qual delas?

Qual delas?, qual delas? Ambas à minha frente, ambas receptivas.
Febre.
Qual delas? Só posso beijar uma! Só uma! Qual delas?
Paula Moura Pinheiro ou Regina Spektor?
Ajudem-me...