Tuesday, January 15, 2008

Isto cabe na literatura, se nela cabe Alexandre Herculano, isto cabe muito bem

Soy masturbador compulsivo, siempre que tengo un ratito libre me masturbo. Para el día a día me gusta más masturbarme que tener relaciones sexuales reales. Soy un hombre ocupado, estresado, muy nervioso y prefiero hacérmelo yo todo en 5 minutos que tener que estar rindiéndole cuentas a una mujer y no poder soltar lo mío hasta que ella llegue al orgasmo.

-Córrete de prisa –les digo a las chicas mientras estamos en el coito- o no te corras si no quieres. Pero a mí no me tengas aquí dándole todo el día, que tengo muchas cosas por hacer.

Para mí, hay algo sucio y encantador en masturbarse con una foto o un video porno. Es como algo ilegal. Algo que, según dicen los sacerdotes, te llevará al infierno. Ja, ja, ja, ja: esa idea me pone muy cachondo. Si fuera así, el infierno es el lugar al que hay que ir: el lugar donde están todas las cachondas y los cachondos, en cambio, en el cielo… Yo no podría ser amigo de una persona que no se hace pajas. Paso de hablar con una persona que, cuando quiere divertirse consigo mismo, se dedica a hacer puzles.

Melania, si es el tipo de mujer que yo intuyo que es, me cae mal. Y mi forma de vengarme de ella, desde la distancia, es no hacerle el honor de masturbarme con sus fotos. Ya sé que los pervertidos, para tratar de vengarse de las mujeres que les caen mal, se masturban pensando en ellas. Pero yo me vengo al revés:

-Tú no te mereces que me haga una paja mirándote desnuda.

Y no lo hago. Así me siento mejor. Más seguro de mí mismo. Como si le hubiera dado una lección.

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Na caixa de comentários, o melhor deles:

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Pos a nosotros nos encanta pajearnos, que nos pajeen y mirar como pajean!!!!...

es un verbo cojonudo... PAJEAR..

que coñoo.. pajear es el "VERBO"...
...
lo dijo murmullo cucarachas · 8 Enero 2008 06:47 PM

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É como ir aos lugares para se ver e ser visto, os das modas, das revistas: pesquisar no Google é encontrar o que toda a gente encontra, saem de lá todos com os mesmos resultados, rindo, abraçando-se, posando para as fotos, saciados com a pertinência da informação gratuita de esforço, imediata, precoce, o brilho dos dentes, o brilho das peles (das próprias, expostas debaixo da pouca roupa, gente tão magra, tão ginasticada e sofredora perante os apetites impossíveis, maldita boca, por onde tanta tragédia entra no corpo, e de onde tanta barbaridade sai para o mundo; e das peles dos bichos esfolados, que é pele muito mais nobre do que a humana, ou alegoria da assunção da nossa condição, ão, ão, animalesca), o brilho das jóias, o brilho da luzes e os reflexos dos olhos, ah, glamour, o Google é um poço sem fundo de glamour, o oráculo deste afortunado tempo. O olho do cu do mundo. Fui eu quem disse e escreveu, venham bater-me.
Por feia contumácia minha, perante as minhas impressões anteriores (anteriores logo nestas frases acima, especifico por ser grande a contumácia e longa a anterioridade de impressões, está a doer-me deixar aqui este acrescento, mas não consigo impedir-me, como se quisesse ter memória, registo, de todas as inconsequências que produzo), passei a utilizar o Altavista. O Altavista é também um oráculo, mas é o olho de outra porção da anatomia humana. Está programado para orientar os resultados, especialmente as imagens, para conteúdo – diz-se hoje em dia, quase que percebo porquê – adulto. Não darei exemplos, experimentai vós.
Foi perambulando pelos resultados sensuais das buscas que encontrei os textos aqui expostos.
Obrigado, Altavista.

Monday, January 14, 2008

A deformidade da Língua

Uma irritação minha deverá conservar-se sempre íntima?
Em que momento vence o argumento de a tornar social?
Terei mais o dever de a partilhar do que o direito de a afirmar?

Três perguntas são demasiadas perguntas. Só mais uma.

Não sei se sabem...
Não querem fazer agora um intervalo...
Não desgostei do trabalho dele...
Não está mal...

E muito por aí fora.

Tenho vontade de fazer um grande ensaio sobre este assunto. Receio ser a minha capacidade muito inferior à intenção. Por isto, abrevio o exercício.

Tenho as minhas suspeitas (amadoras, sem fundamento académico) de que há aqui inspiração francesa (que inspirou também a Grã-Bretanha, com o frequente e cansativo "why don't you..." a servir de exemplo mais oportuno*), e tímido acuso a França de nos ter invertido o discurso. De tão artificioso (estas negações desnecessárias, deslocadas, patéticas), o resultado é-me muito repugnante. Vai tão longe quanto isto, o contágio:

"... perder a vida..."

Na minha sugestão de repensar e recuperar a linguagem, esta mesma expressão deveria ser já substituída por:

"... ganhar a morte..."

Voltarei ao assunto, tira-me o sono. O sono é-me (é-me, é-me, é-me) precioso, não permito este atentado, não sem desforra. O sono é o mais próximo que estou da morte, sem morrer, ressuscito todos os dias. É magnífico isto acontecer assim tão regularmente, até expirar.

Faltou-me uma pergunta. A verdade é que acima me lembrei deste engenho finório, criando espaço para uma pergunta mais, e dessa forma resolvendo a promessa e criando esta circularidade no texto. A verdade é que tenho pouca ideia do que estou a escrever. Sentou-se aqui um macaco com uma máquina de escrever, e chegou a isto, tenho provas, tenho pêlos malcheirosos entre as teclas, restos da infalível banana, ranho e demais gosmas símias. Juro. Venham cá ver.


* exemplo ainda mais expressivo, que grau de tolice ultrapassa esta brilhante construção "... it's not inexpensive..."?

É difícil apercebê-lo, mas sou um severo optimista


Previsões de Paulopontog para 2008.
Etiquetas: Poo